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quarta-feira, 23 de julho de 2014

O DIÁLOGO NAS RELAÇÕES SEXUAIS

Por Nicéas Romeo Zanchett 

                 A sexualidade de um casal é parte fundamental do relacionamento. Para que a vida conjugal seja completa e satisfatória em todos os aspectos é necessário que haja perfeito entendimento entre os parceiros. O amor sexual sobre bases lúcidas de compreensão  e equilíbrio é garantia de prazer e plena satisfação para ambos. 
                Muitos casais tem profundos desajustes provocados por formas agressivas e até neuróticas de manifestar desejo de união física e espiritual. Existem casais que costumam travar violentas discussões antes de realizar o ato sexual. É a forma que usam para descarregar suas fortes emoções. Após a discussão, sentem-se mais próximos e tranquilos para manter a relação íntima.  Por mais estranhas e destrutivas que possam parecer estes atritos, o certo é que sem eles esses casais não conseguem realizar satisfatoriamente o coito. Para essas pessoas a discussão é uma forma rápida de descarregar sentimentos emocionais que são indispensáveis para permitir a aproximação física. A ideia de intimidade sexual está diretamente relacionada com o sentimento de irritação que as discussões provocam. Eles precisam deste perigoso clima emocional para conseguir expandirem-se, fugindo das suas inibições e excitando-se convenientemente para o ato amoroso. Por motivos óbvios, esses parceiros reduzem muito a frequência nas suas relações e isto é um fator  que traz prejuízos para a vida conjugal. São casais que costumam ser muito fiéis, desejando ter relações apenas entre si. Seu principal problema consiste em aprender novos meios de restabelecer esta harmonia. As emoções hostis só encontram alívio no coito, mas logo precisam de renovação, provocando contínuos atritos que acabam por comprometer, inclusive, o equilíbrio psíquico do casal. Por essa razão vemos alguns casais, aparentemente, brigando o tempo todo; na verdade, isso é parte de seu relacionamento afetivo e sexual. 
                 Todos os parceiros precisam se conhecer bem para poder tirar o maior prazer possível da vida sexual. O diálogo calmo e tranquilo permite que encontrem novos pontos de afinidade e meios de aproximação. A calma e a doçura na conversação produzem grande prazer e restituem a sensação de paz profunda e duradoura. 
                 
                    Nos casos em que o desejo de união é manifestado sob formas violentas, com apertões mordidas e pressões, em certos relacionamentos, pode criar dificuldades e constrangimento para o parceiro que não gosta disso; e certamente este é um fator de risco para o relacionamento. Também pode ocorrer uma diminuição da sensibilidade para as carícias e estímulos sexuais mais sutis. Se estes casais procurassem conter sua agressividade, evitando discussões e até mudando suas técnicas amorosas, conseguiriam, com a continuidade, chegar a um entendimento bem melhor e mais prazeroso. As formas violentas de afetividade podem ser herança primitiva e devem ser substituídas por meios mais amenos. A intensidade do convívio sexual não diminui em nada com um comportamento menos agressivo, pois carícias e a conversação tranquila são capazes de produzir intensa excitação, sem deixar nenhum sentimento desagradável. Esta solução depende de um profundo desejo de estreitar as relações entre os parceiros. A completa satisfação sexual no matrimônio ou mesmo numa simples parceria sexual, depende do esforço mútuo que deve ser empregado com brandura e imaginação. 
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Nicéas Romeo Zanchett 


         

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