Até por volta dos sete anos de idade, a família é que controla as reações da criança e a leva a ter reações condizentes com as situações em que se encontra. Depois dessa idade, o grupo de amigos, que geralmente se forma na escola, são responsáveis por algumas típicas reações do jovem. A maturidade é alcançada em boa parte entre os amigos do grupo chamado análogo.
A tranquilidade do lar confere ao adolescente segurança e alegria. É preciso compreender que ele somente atinge a maturidade por volta dos 18 anos e se esforça por alcançá-la, procurando frear suas explosões temperamentais. Neste contexto é evidente as diferenças entre jovens nascidos na classe chamada de baixa renda e os de famílias mais privilegiadas econômica e culturalmente. A isso se junta o fato de que nas famílias de maior renda e, consequentemente mais privilegiadas culturalmente, são formadas por um número bem menor de nascimento.
As meninas são obrigadas a reprimir mais suas reações afetivas que os meninos. A mulher revela maior afeição pelos pais e essa afeição se dirige depois a uma amiga ou a ídolos do cinema e da televisão, das ciências e das letras. Os pais agressivos e prepotentes, comuns na sociedade patriarcal, prejudicam o normal desenvolvimento da jovem. Geralmente na adolescência existe uma supersensibilidade e também uma instabilidade que só desaparece por volta dos 16 anos. Há arroubos afetivos transitórios, entusiasmos fáceis e cambiantes; também se observa um certo sentimento de vergonha no início da adolescência, pelas transformações físicas que ocorrem. Fantasias, sonhos e desejo de independência afetiva são características normais nesta etapa da vida. Ao final do 16º ano a jovem já está emocionalmente amadurecida.
As principais causas da ansiedade das adolescentes são variadas. Pode ser adaptação à vida escolar, com provas, atritos com colegas e professores, desejo de ser bem conceituado pelos colegas. A vida com amigos, que fazem críticas, têm hábitos diferentes, magoam e são magoados, são mais pobres ou mais ricos e outros menos evidentes.Também podem acontecer atritos e discussões com os pais e irmãos; falta de interesse dos familiares por seus problemas, e isso gera dissabores no lar.
Quando surge o momento da opção vocacional o adolescente geralmente não é bem orientado e os familiares tentam atuar sobre seus desejos. Também a opção religiosa gera dúvidas, discussões e reflexões constantes. Há conflitos com os pais e familiares, que resultam em ansiedade duradoura.
A preocupação dos pais com os problemas gerados por mudanças fisiológicas, bem como a fadiga diária com trabalhos excessivos dos músculos, cria mal-estar.
Sentimentos de inferioridade, depressão, descontentamento com a escola, preocupação com a roupa, trajar-se como os colegas, dificuldades de acompanhar a moda, timidez, medos específicos de várias espécies, casos amorosos, conhecimento inadequado sobre questões sexuais podem ter sérias consequências na futura vida de adulto.
Nicéas Romeo Zanchett
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