Por Nicéas Romeo Zanchett
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A frequência da atividade sexual tem enorme variação de casal para casal. Se a quantidade valesse só por ser quantidade, muitos casais estariam vivendo no melhor dos mundo. Mas não é isso que de fato acontece.
Para milhares de pessoas a frequência é zero. Entre essas pessoas estão não apenas os que fizeram voto de castidade, como padres e freiras, mas também solteiros de ambos os sexos, principalmente o feminino. Para muitos pode até parecer estranho, mas ainda hoje existe um grande número de solteiros que só aceitam fazer amor no casamento.
No mundo moderno, onde muitas vezes os dois parceiros trabalham a semana toda, fica difícil manter uma grande atividade sexual. Muitos chegam cansados e é natural que acabem deixando este prazer para os finais de semana.
Não são poucos os que tem uma rotina que segue uma verdadeira contabilidade sexual: Hora de trabalhar, trabalhar!; hora de amar, amar! ; hora de descansar, descansar!; hora de dormir, dormir!. O amor não precisa obedecer o relógio. Ele deve acontecer quando o casal estiver com vontade.
O ajustamento de parceiros amorosos, com o tempo e a experiência, varia de casal para casal; boa parte das vezes cresce com a intimidade e vivência ao longo da relação. Uma relação rica e profunda pede um ritmo de aproximações e respostas baseados não só nas necessidades dos parceiros, mas também em suas limitações, se elas existem. Às vezes muita frequência é forma de trocar qualidade por quantidade. Querer exigir um bom desempenho pode levar ao medo de fracassar e ao fracasso.
A vontade de amar não precisa ser escondida. Nenhum parceiro pode sempre adivinhar que o outro quer amor, por isso demonstre seu desejo ao parceiro.
Nem só de ternura vive o amor. Mas quem de fato ama, não ousa pressionar a pessoa amada como se fosse um objeto sexual. Não insista em posições sexuais que o outro não quer ou não gosta. Fazer amor forçado é a maior prova d desamor que alguém pode manifestar; é como se estivesse fazendo uma violência sexual com o próprio parceiro. Fazer amor da forma que agrada aos dois pode ser o início de um mergulho para o céu do prazer. É preciso querer dar e gostar de receber.
As necessidades de cada indivíduo variam muito e ainda dependem da fase de vida que estão atravessando. Por exemplo: diante de um trabalho apaixonante pode haver, em certos casos, uma temporária queda na frequência da atividade sexual O mesmo pode acontecer quando surgem problemas sérios na vida profissional de certas pessoas. A experiência tem demonstrado que pessoas habituadas a grande atividade sexual se mostram mais nervosas ou irritadas quando, por qualquer razão, são forçadas a interromper essa rotina.
Na história da humanidade, a tentativa de levar pessoas à abstenção sexual raramente deu certo. A igreja Católica, por exemplo, só proibiu os padres de se casarem duas vezes no ano 925. Atém então era permitido o casamento mais de uma vez. É isso mesmo, a Igreja nem sempre exigiu o celibato dos padres e freiras. Mais tarde, como consequência do voto de castidade, então obrigatório, surgiram epidemias de alucinações e histerias que, pela abstinência obrigatória, atacaram conventos e monastérios. Hoje a própria Igreja está revendo muitas questões ligadas à sexualidade, tanto dos padres e freiras como dos próprios fiéis.
Por outro lado, nem todos sofrem ao evitar relações sexuais, vivendo normalmente sem chegar a manifestar perturbações psicológicas ou fisiológicas. Mesmo com todo o avanço no estudo da sexualidade humana, não se sabe com certeza os motivos da variação de capacidade sexual que pode ser maiores em alguns e menores em outros. Os estudos indicam que trata-se de variações hormonais tanto nos homens como nas mulheres. É bom lembrar que a produção de hormônios depende, em parte, de fatores psicológicos.
Apesar de tudo a ciência não pode afirmar que o sexo é necessário para todos; não se pode dizer que o ser humano tenha prejuízo, do ponto de vista fisiológico e psicológico, por voluntariamente não praticar a atividade sexual. Milhares e milhares de seres humanos passam a ida inteira sem conhecer o encontro amoroso sexual.
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Nicéas Romeo Zanchett
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